segunda-feira, 1 de agosto de 2011

...III

Quando ela cordou o dia estava cinzento. Como se estivesse a ser solidário. Como se quisesse sentir a dor que ela sentia. A noite dela tinha sido horrivel. Via tudo a voltar. Via expectativas a serem goradas, via explicações sem nexo e... as lágrimas teimavam em correr-lhe pelo rosto.
Quando acordou pensou que tudo não tinha passado de um sonho... mas as marcas no rosto dela diziam que era verdade.
Quando foi à janela viu que o tempo estava como ela. Estava triste, cinzento, frio. Precisava de alguém que lhe aquece-se, que fizesse a sua luz brilhar novamente... Ela precisava dele e o tempo, esse...precisava do sol.
Lembrou-se mais uma vez do que tinha acontecido...e chorou mais uma vez e mais uma vez o céu chorou com ela. Era como se os Deuses tivessem a dizer-lhe que ela não estava sozinha... era como se os Deuses sentissem a dor dela, era como se os Deuses também sofressem por alguém não correspondido.
E assim, ela e o tempo continuaram cinzentos ao longo do dia com a Esperança que tudo vá mudar, com a Esperança que o sol brilhe de novo sobre o tempo e com a Esperança que ele seja dela.