sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
...III
Quando acordou pensou que tudo não tinha passado de um sonho... mas as marcas no rosto dela diziam que era verdade.
Quando foi à janela viu que o tempo estava como ela. Estava triste, cinzento, frio. Precisava de alguém que lhe aquece-se, que fizesse a sua luz brilhar novamente... Ela precisava dele e o tempo, esse...precisava do sol.
Lembrou-se mais uma vez do que tinha acontecido...e chorou mais uma vez e mais uma vez o céu chorou com ela. Era como se os Deuses tivessem a dizer-lhe que ela não estava sozinha... era como se os Deuses sentissem a dor dela, era como se os Deuses também sofressem por alguém não correspondido.
E assim, ela e o tempo continuaram cinzentos ao longo do dia com a Esperança que tudo vá mudar, com a Esperança que o sol brilhe de novo sobre o tempo e com a Esperança que ele seja dela.
terça-feira, 7 de junho de 2011
... II
segunda-feira, 6 de junho de 2011
pecadora
sexta-feira, 13 de maio de 2011
O que se faz numa aula de história? escreve-se
domingo, 8 de maio de 2011
Bar
Entrou o bar. Hoje não queria passar mais uma noite sozinha. Vestia um vestido. Preto. Decotado. Sem costas. Acima dos joelhos. Entrava para conquistar. Estava disposta a isso. Olhou em volta. Ainda estava quase vazio. Ao fundo estava um homem. Sozinho. Sentado numa mesa de dois lugares. Respirou fundo. Dirigiu-se ao homem. Sorriu e perguntou se se podia sentar com ele. O homem com um sorriso aceitou que ela lhe fizesse companhia. Perfeito, pensava ela. Sabia que não iria sair do bar sozinha. Sabia que não iria passar mais uma noite sozinha. Pelo menos esta noite. Olhou o homem. Achou-o lindo. Era moreno. Olhos pretos. Cabelo castanho escuro. Musculado. Voz grossa e sexy. Conversaram durante muito tempo. Beberam alguns ‘dry martini’. Tinham-se conhecido há menos de duas horas, mas, divertiam-se. Ele perguntou se ela não queria sair do bar. Ela disse que sim e convidou-o a ir a casa dela. Juntos saíram do bar em direcção a casa da mulher. Quando chegaram, sem perder tempo, entraram em casa, beijaram-se como se não houvesse amanhã. Estavam desejosos de pertencerem um ao outro. Pelo menos naquela noite. Despiram-se apressadamente. Ela conduzia-o até ao quarto. Entre dois corpos transpirados e desejosos de uma noite intensa de paixão ele entrou nela. Ao fim abraçaram-se um ao outro e adormeceram juntos. Na manhã seguinte ela acordou, novamente, sozinha. Feliz. Pensou que pelo menos, naquela noite, alguém tinha sentido desejo por ela.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Don't you remember
Esta letra diz muito, mesmo muito.
When will I see you again?
You left with no goodbye, not a single word was said,
No final kiss to seal any seams,
I had no idea of the state we were in,
I know I have a fickle heart and bitterness,
And a wandering eye, and a heaviness in my head,
But don't you remember?
Don't you remember?
The reason you loved me before,
Baby, please remember me once more,
When was the last time you thought of me?
Or have you completely erased me from your memory?
I often think about where I went wrong,
The more I do, the less I know,
But I know I have a fickle heart and bitterness,
And a wandering eye, and a heaviness in my head,
But don't you remember?
Don't you remember?
The reason you loved me before,
Baby, please remember me once more,
Gave you the space so you could breathe,
I kept my distance so you would be free,
And hope that you find the missing piece,
To bring you back to me,
Why don't you remember?
Don't you remember?
The reason you loved me before,
Baby, please remember me once more,
When will I see you again?
terça-feira, 3 de maio de 2011
...
Abriu o roupeiro. Olhou com atenção para a roupa que nele estava guardada. Escolheu um vestido. Vermelho escarlate. Liso. Acima dos joelhos. Decotado e sem costas. Vestiu-o. Olhou-se ao espelho e nele viu uma mulher sexy. Linda. Parecida com uma estrela de Hollywood. Olhou para o relógio. Ainda era cedo. Muito cedo. Retocou a maquilhagem. Um pouco mais de eye liner. Substituiu o batôn cor-de-rosa por um vermelho, também, escarlate. Estava linda. Olhou mais uma vez para o relógio. Faltava pouco. Muito pouco para ele chegar. Passado um minuto ouve tocar à campaínha. Fica nervosa. Muito nervosa. O coração começa a apertar no peito. Começa a sentir-se tonta. Era como se fosse a primeira vez que estaria com ele. Volta a olhar-se ao espelho. Recompõe-se. Dirige-se à porta. Abre-a. Lá está ele. De pé com um ramo de rosas vermehas na mão. Sorriem um para o outro. Ela convida-o a entrar. Abraçam-se. Ela fita-o mais uma vez. Como era lindo. Como ela o amava. Como ele a amava. Ele chega-se mais perto dela. Abraça-a. Beija-lhe a testa, a face. Faz com que os seus lábios encontrem os dela. Beijam-se apaixonadamente. Aperta-a contra si, como que se a impedisse de fugir. Beijam-se mais uma vez. Ela encaminha-o até ao quarto. Carinhosamente, ao mesmo tempo em que a beija no pescoço, desaperta-lhe o fecho do vestido. Ela, respondendo aos seus desejos, tira-lhe as roupas. Não dizem nada. Não falam. O amor que sentem um pelo outro basta. Entre beijos, carinhos e ternura unem-se. São perfeitos um para o outro. Como se de duas peças de um puzzle se tratassem. Eles são a metáfora perfeita do amor.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
O convite
Sento-me a teu lado. Um sentar pesado. Envergonhado. Triste. Tento adivinhar o que se passa, mas, tu não respondes às minhas perguntas. Estás calado. Muito calado. Olhas em frente. Como se não tivesses a ver nada. Os teus olhos são vazios como os de um aquário sem qualquer peixe. Pergunto mais uma vez o que se passa. E, mais uma vez, a única resposta que encontro é o silêncio. Constrangedor. Frio. Mortifero. As lágrimas teimam em escorrer-me pela cara. Não deixo. Imploro para que me expliques o que se passa. Mas mais uma vez não dizes nada. Abano-te. Empurro-te. Mas não reages a nada. É então que perco as forças. Sinto o chão a fugir-me entre os pés. As lágrimas que teimavam em cair conseguem escapar-me por entre as pálpebras. Deixaste-me. Mais uma vez. Mas, desta vez, é para sempre. Sempre. Essa palavra que não acreditava, agora tem uma razão de existir. A morte bateu-te à porta. Linda. Esbelta. Maravilhosa. Convidou-te a ir com ela. Tu, como sempre, aceitaste o convite, mas, desta vez, ela levou-te para sempre. A morte.
domingo, 1 de maio de 2011
Mãe
Podia escrever no mínimo umas dez páginas acerca de ti. Podia estar aqui a elogiar-te, a dizer que és perfeita. Não o vou fazer. E queres saber porquê? Porque não és perfeita e um texto não é só baseado em elogios. É certo que não devia servir-me deste dia para te dizer isto, mas, admito que é neste dia que ganho coragem para te dizer o quanto te amo. Bem sabes que não sou de dizer coisas bonitas. Mas, também sabes que quando as digo estou a dizê-las com o coração. Com sinceridade. Eu sei que não sou a filha perfeita. Tu também não és a mãe perfeita. Somos as duas humanas. Erramos as duas. Choramos. Gritamos. Resmungamos. Perdoamos. Amamo-nos. És humana e é isso que faz com que, para mim, sejas a melhor mãe do mundo. Porque a melhor das pessoas é aquela que erra, é aquela que admite os seus erros. É aquela que se chateia. Que resmunga. Que perdoa. É aquela que é capaz de amar. E tu amas. Amas-me. Tu és assim. Um ser humano como tantos outros. Mas tu és excepção. Uma boa excepção. És a minha mãe. E eu amo-te por isso. Minha mulher quase perfeita. Minha mãe.