domingo, 1 de maio de 2011

Mãe

Podia escrever no mínimo umas dez páginas acerca de ti. Podia estar aqui a elogiar-te, a dizer que és perfeita. Não o vou fazer. E queres saber porquê? Porque não és perfeita e um texto não é só baseado em elogios. É certo que não devia servir-me deste dia para te dizer isto, mas, admito que é neste dia que ganho coragem para te dizer o quanto te amo. Bem sabes que não sou de dizer coisas bonitas. Mas, também sabes que quando as digo estou a dizê-las com o coração. Com sinceridade. Eu sei que não sou a filha perfeita. Tu também não és a mãe perfeita. Somos as duas humanas. Erramos as duas. Choramos. Gritamos. Resmungamos. Perdoamos. Amamo-nos. És humana e é isso que faz com que, para mim, sejas a melhor mãe do mundo. Porque a melhor das pessoas é aquela que erra, é aquela que admite os seus erros. É aquela que se chateia. Que resmunga. Que perdoa. É aquela que é capaz de amar. E tu amas. Amas-me. Tu és assim. Um ser humano como tantos outros. Mas tu és excepção. Uma boa excepção. És a minha mãe. E eu amo-te por isso. Minha mulher quase perfeita. Minha mãe.

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