terça-feira, 20 de julho de 2010

Repetição

NÃO AUTO BIOGRÁFICO
Piso as folhas da calçada, o som acalma-me a alma. Para trás deixo tudo o que construímos, desisto (?), não, encho-me de coragem e sigo em frente. Desta vez não vou olhar para trás, não vou deixar que a minha mente traga, novamente, todos os momentos que passamos juntos e, reconsiderar. Desta vez não.
Hoje vejo que a história que, um dia, prometemos construir chegou ao fim, não porque quisemos, mas, porque, simplesmente, não haviam mais palavras para a escrever. A compreensão acabou. Não digo que a culpa seja tua porque eu, eu também tive parte dela. Não vou dizer que não foi bonito o que tivemos juntos, porque foi maravilhoso. Pelo menos, para um de nós.
Sabes? Tenho de seguir o meu caminho e tu o teu. Não podemos insistir numa história que já acabou à muito, chegamos ao fim. Por mais que tentemos recomeçar tudo de novo, o livro vai ser sempre igual e, o capítulo final vai repetir-se e aí, aí vamos discutir de novo, vamos dizer coisas que não sentimos e vamos sofrer mais os dois, porque ambos sabíamos, desde o inicio, que tudo ia acabar como antes, mas mesmo assim insistimos e tentamos sabendo que nada se iria alterar.
Hoje, ao pisar as folhas da calçada, vejo que só tivemos uma estação. E o inverno foi a estação que sempre nos acompanhou, porque tínhamos mais dias de chuva a caminhar connosco e a darnos as mãos, do que dias de sol.
E assim, a história era sempre a mesma, e o final de cada capitulo inalterado.

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