Olhos. Boca. Sorriso. O cabelo emaranhado quando acaba de
acordar. O mau-humor do bom-dia. O abraço apertado. O ombro amigo além do ombro
de namorado. Ela apaixonou-se por ele há algum tempo atrás. O ar de ‘mauzão’
fez com que ela tivesse curiosidade de o conhecer. Conheceu-o e desde esse
momento ela sabia que foi o melhor que poderia ter feito. O dia em que eles se
beijaram pela primeira vez continua na memória dela. O sabor do beijo. A calma
da água do rio. O calor daquela noite de verão. O cheiro à terra molhada vinda
das margens do rio. Tudo continua na memória dela. Apaixonou-se desde a
primeira vez que o viu. Mas amou-o no momento em que se beijaram. Amou-o como
nunca amou ninguém. Amou-o por completo. Corpo e Alma. Interior e Exterior.
Naquele momento ela soube que ele era dela. De mãos dadas. Com os dedos
entrelaçados uns nos outros. Como se de duas correntes se tratassem. Prendem-se
um ao outro. Sorriem um para o outro em qualquer lugar que passem. Imaginam-se,
num futuro cada vez mais próximo, a comprarem roupas em lojas de bebés. Roupas
iguais. Ele diz que quer gémeos. Ela diz que quer trigémeos. E riem-se um do
outro com as barbaridades que lhes saem pela boca. As pessoas que passam por eles olham-nos com
olhos sorridentes. Vêem que eles se amam de verdade. Vêem que são um casal
diferente dos outros. Que não se vão separar por uma picuísse qualquer mas, se um
dia se tiverem de separar, irá ser por algo muito grave. Algo que nenhum deles
esteja há espera. Ele sonha com o dia de a ver vestida de branco e ela sonha
com o dia de percorrer o caminho da igreja a caminho do altar onde, ele estará
à sua espera com aquele sorriso que lhe faz tremer as pernas. Ela sabe que foi salva por ele no dia em que o
conheceu. Dezanove de Agosto de 2011, há precisamente 2 anos, ele salvou-a do
abismo porque: "é por isso que os seres humanos existem, para salvar uns
aos outros de si mesmos.” Ele salvou-me naquela noite de verão. Naquele
primeiro beijo. Sozinhos. Junto ao rio.
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